As soluções trazidas pelo aprimoramento genético de árvores utilizadas como matéria-prima na indústria de base florestal têm facilitado o trabalho dos produtores. Oferecer essas possibilidades para o mercado é o trabalho da ArborGen, uma das líderes mundiais no desenvolvimento e produção de mudas. Através de genética avançada, a empresa proporciona aos seus clientes as possibilidades de produção com maior segurança de resultados, crescimento padrão das árvores e alto rendimento de madeira, sempre com um atendimento personalizado.
A ArborGen iniciou suas operações nos EUA (Estados Unidos da América) em 2000 e tinha seu foco em biotecnologia e produtos transgênicos de alta qualidade. No Brasil, no final de 2013, iniciou o negócio de venda de mudas, quando fechou uma parceria com a Sylvamo, que garantiu acesso a diversos clones desta empresa, para venda comercial. Segundo Gabriela Monnerat, diretora da ArborGen, essa operação começou com um foco bem definido, que auxiliou no crescimento da empresa. “Os primeiros passos da empresa foram dedicados à produção de transgênicos de eucalipto e licenciamento de clones para venda no mercado”, lembra Gabriela.
Enquanto materiais genéticos de eucalipto foram desenvolvidos em solo nacional, os de Pinus têm desenvolvimento próprio da empresa, com material americano testado e adaptado para as condições brasileiras. “Nosso portfólio tem crescido continuamente, oferecendo produtos personalizados e únicos para nossos clientes”, completa Gabriela.
EUCALIPTO
Os critérios de produção e seleção de mudas da ArborGen são os mais altos, afim de garantir os melhores resultados para seus clientes. A empresa informa que apenas 1% de todas as árvores testadas se tornam um clone ArborGen, que garante árvores uniformes, crescimento constante e qualidade sem igual. Isso demonstra o esforço técnico e financeiro necessário para atingir esse objetivo. Matheus Vizzoto, coordenador de produção de eucalipto da ArborGen, explica como funciona a seleção de mudas para a clonagem de eucalipto. “O programa de melhoramento é responsável por orientar quais materiais genéticos apresentam as características adequadas para cada sítio de plantio”, salienta Matheus. Uma vez avaliados, os melhores materiais genéticos são selecionados e destinados para o viveiro para produção em escala.
Matheus explica que dentro da produção de clones existem materiais genéticos diferentes com comportamentos de crescimento e enraizamento distintos, que exigem o manejo adequado para garantir a produção. “As influências de fatores climáticos, por exemplo, devem ser monitoradas com atenção na produção de mudas, pois podem causar sérios danos físicos e prejuízos financeiros ao viveiro”, ressalta Matheus. O coordenador frisa que as mudas são feitas de acordo com a necessidade do cliente, o que valoriza o planejamento silvicultural dos mesmos. “Em torno de 90% de nossa produção é feita sob encomenda e apenas o restante tem negociação no formato direto”, explica Matheus.
José Luiz Conti, pesquisador de eucalipto da ArborGen, explana que o desenvolvimento de um novo clone é complexo e pode levar de 15 a 20 anos. “As principais etapas contam com cruzamentos de indivíduos superiores, experimentação em campo para validação e seleção dos melhores indivíduos para clonagem”, esclarece José. Durante a produção do eucalipto ArborGen as principais características avaliadas são a produtividade, qualidade da madeira, sanidade, resistência a pragas, doenças e déficit hídrico, levando em conta a região onde será plantado e o objetivo da produção do eucalipto.
“Alguns experimentos estão mostrando que a escolha correta de material genético pode aumentar em até 30% os rendimentos”, valoriza José. O pesquisador destaca que a principal exigência do mercado é o incremento da rentabilidade por hectare plantado e algumas estratégias são adotadas para suprir essa demanda dentro do programa de melhoramento da ArborGen. “Podemos selecionar materiais genéticos com altas taxas de crescimento inicial para plantio de ciclos curtos visando o mercado de biomassa, por exemplo, ou materiais genéticos com melhor qualidade da madeira e rendimento para os mercados de celulose e serraria”, compara José.
Atualmente a ArborGen conta com 36 clones no portfólio, variando entre clones protegidos e clones de mercado. A perspectiva é de que novos clones sejam lançados pelo time de pesquisa ao longo dos anos ampliando a base genética e consequentemente a segurança dos plantios florestais.
PINUS
Os materiais genéticos de Pinus da ArborGen passam por processos semelhantes aos do eucalipto para se tornarem comerciais e rentáveis para a empresa. Maria Pollnow, pesquisadora de Pinus da ArborGen, realça que durante o desenvolvimento dos materiais, além dos padrões internos da empresa, é avaliado o que é oferecido pelos concorrentes. “Levamos em consideração plantas com boa adaptação, boa forma e ganho em volume em comparação aos materiais de mercado”, revela Maria.
A pesquisadora enfatiza que a ArborGen não trabalha apenas com clones de Pinus, mas com um portifólio completo de produtos, sendo eles: três clones, três famílias MCP (Mass Controlled Pollination – polinização controlada) e três famílias OP (Open Pollination – Polinização aberta). A pesquisadora comenta que não existe um clone perfeito, mas sim aquele que melhor se adapta à região onde será plantado. “Nosso objetivo é fornecer o melhor material disponível, à medida que identificamos novas genéticas, que apresentam ganhos superiores ao que trabalhamos”, enaltece Maria.
Carlos de França, coordenador de produção de Pinus da ArborGen, explica como o trabalho que sai do laboratório e vai para o campo faz total diferença na aplicabilidade. “Nossa rede experimental, onde avaliamos na prática como altitude, clima, solo, relevo e outros fatores podem afetar a produção, é primordial para a escolha das mudas que serão produzidas em alta escala”, frisa Carlos.
O coordenador explica que o trabalho de campo da ArborGen, ao observar as oportunidades para agregar valor as florestas de Pinus é o que faz a empresa continuar seu viés de crescimento. “O trabalho conjunto entre pesquisa e mercado geram a confiança necessária para que nossos clientes invistam ainda mais no setor florestal”, complementa Carlos.
RECONHECIMENTO E FUTURO
O trabalho realizado pela ArborGen é valorizado por seus clientes. Ademir dos Reis Silva, coordenador de silvicultura e viveiros da Vallourec, relembra que a parceria com a ArborGen começou com um contrato de compra de mudas e depois passou a comercializar materiais genéticos. “A ArborGen é ótima na comercialização de mudas, e tem potencial de colocar materiais genéticos no mercado com facilidade, pois conhece todo o país e valoriza seus clientes”, destaca Ademir.
Em relação ao trabalho com clientes, Gabriela Monnerat, valoriza a equipe de vendas, formada por Carlos de França, Matheus Vizzoto, Daiane Vargas, Guto Barros e Ranieri Souza, que segundo a diretora realmente mudou a estrutura da empresa em termos comerciais e de assistência técnica. “Eles trouxeram para a ArborGen um atendimento melhor, um contato mais próximo com o cliente e levam toda experiência da empresa até nossos clientes no campo, auxiliando nos processos de vendas e pós-venda com muita qualidade”, valoriza Gabriela.
Daiane Vargas, da equipe de vendas de Pinus, informa que o grande diferencial da ArborGen é possuir em seu portfólio de produtos diferentes linhas de melhoramento genético que podem atender todos os setores de produção florestal, seja papel e celulose, madeira para processo ou serraria e laminação. “A ArborGen garante assim a satisfação do cliente em estar comprando a muda certa de acordo com seu produto final”, complementa Daiane.
E além disso, a ArborGen conta com uma equipe interna, administrativa e de comunicação, que conduzem de diferentes regiões do Brasil toda operação, participando de forma ativa em todos os controles necessários na gestão da empresa, para que tudo seja realizado com excelência, deixando claro que o compromisso da ArborGen no setor florestal Brasileiro é somar.
Sobre as unidades de produção, a ArborGen conta com 3 viveiros de operação própria que possuem uma capacidade total de produção de cerca de 30 milhões de mudas. Não deixando de salientar também os viveiros parceiros, que são peças fundamentais para o sucesso e crescimento da ArborGen no Brasil. Com colaborações em vários locais do país, as mudas produzidas passam por um procedimento rigoroso de qualidade, onde a equipe técnica e parceiros avaliam criteriosamente se o produto está dentro das expectativas e necessidades dos clientes. Nossa capacidade de produção de mudas total atualmente atinge a marca de cerca de 90 milhões de mudas de eucalipto e 20 milhões de mudas de Pinus.
Para o futuro da empresa a diretora destaca os objetivos de crescimento da ArborGen. “Nossa projeção média de crescimento para os próximos anos é de 20% ao ano”, divulga Gabriela. Os planos da empresa são ambiciosos e a ArborGen busca além de novas parcerias a aquisição de novos viveiros de mudas. “Queremos atingir no curto prazo 30% de marketshare e ampliar nossa produção própria de mudas”, projeta Gabriela.