Para responder essa pergunta devemos pensar no início do processo, que começa nas sementes, pois é essencial que estas estejam isenta de fungos – isso pode ocorrer em função do beneficiamento e armazenamento incorreto das mesmas. É importante também saber como realizar a quebra de dormência para cada espécie de Pinus.
A baixa germinação das sementes pode ser consequência dos fungos dos gêneros: Fusarium, Diplodia, e Lasiodiplodia. Além do resultado baixo na germinação, um lote de semente pode contaminar o seu viveiro com fungos.
Sementes contaminadas com Fusarium (Fonte: ADAPAR – AUER. Celso Garcia)
Já na produção, o tombamento de mudas no viveiro pode ser causado pelos patógenos Cylindrocladium, Fusarium, e Rhizoctonia que podem ser identificados no colo da planta ainda jovem. As causas estão ligadas a água contaminada na irrigação, má drenagem dos tubetes ou excesso de umidade.
Tombamento de mudas (Fonte: ADAPAR – AUER. Celso Garcia)
O mofo cinzento (Botrytis cinerea) causa a queima das acículas e posteriormente a queda das mesmas. É possível observar a formação de um mofo cinzento sobre as acículas. A forma de propagação é pelo vento ou substrato contaminado. Ainda, esse fungo pode aparecer após geadas severas, nas partes lesionadas da planta e principalmente em mudas jovens.
Muda contaminada com mofo cinzento (Fonte: ADAPAR – AUER. Celso Garcia)
Outra doença que pode ocorrer é a podridão das raízes, sendo o principal sintoma a murcha e o amarelecimento das mudas. Os patógenos causadores dessa doença são os fungos dos gêneros: Fusarium e Cylindrocladium, que podem ser transmitidos as plantas através do substrato contaminado.
Podridão de raízes (Fonte: ADAPAR – AUER. Celso Garcia)
A queima de ponteiras ocorre por ação de patógenos como Diplodia pinea e Botrytis cinerea, e pode acarretar na morte progressiva da muda. Uma das causas atreladas ao surgimento desta doença é o sombreamento excessivo das mudas no viveiro.
Queima de ponteiras (Fonte: ADAPAR – AUER. Celso Garcia)
A fumagina que também pode ser encontrada nas acículas das mudas, é originária da presença de pulgão na planta. Esses, são insetos do gênero Cinara que sugam a seiva dos ramos e das acículas e excretam uma substância açucarada. Os açúcares propiciam o crescimento de fungos, de coloração escura, criando um mofo superficial sobre acículas e ramos (Penteado et al., 2000).
Fumagina e pulgão no Pinus. (Fonte: Agro Link)
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Por: Daiane Vargas – Consultor técnico de Vendas da Arborgen.
Fontes Pesquisadas:
AUER. Celso Garcia, Pragas (doenças) em mudas florestais. Para acessar clique aqui.
PENTEADO, S. do R.C; TRENTINI, R. de F.; IEDE, E.T.; REIS FILHO, W. Pulgão do Pinus: nova praga florestal. Série Técnica IPEF, v.13, n.33, p.97-102, mar.2000.