Dentre os estresses ambientais a que os cultivos florestais estão sujeitos, o estresse hídrico destaca-se como o mais limitante à produtividade em regiões tropicais após corrigidas as limitações nutricionais e garantida a sanidade dos plantios. Além disso, estudos sobre variações climáticas indicam, para a maior parte do Brasil, aumento de temperatura e redução de chuvas.
O déficit hídrico afeta características relacionadas à anatomia, morfologia, fisiologia e bioquímica das plantas. Claramente, a tolerância à seca não é uma característica simples, mas onde mecanismos trabalham isoladamente ou em conjunto para evitar ou tolerar períodos de déficit hídrico.
Esse fenômeno pode comprometer o sucesso das plantações as quais estão se expandindo e migrando para áreas mais secas. Dessa forma, a busca por genótipos que sejam mais eficientes na produção de madeira com baixo consumo de água é fundamental para o sucesso do empreendimento florestal no cenário atual.
Diversos trabalhos estão em andamento para identificar características fisiológicas que possam ser incorporadas aos programas de melhoramento para seleção de cultivares. Obviamente a resposta não é simples e sempre haverá um trade off entre tolerância e produtividade o que torna o avanço do programa muito complexo.
Portanto, a curto prazo, a solução deste problema passa pela decisão correta do produtor e pela assistência técnica. É necessário seguir e adotar práticas silviculturais adequadas como medidas de redução de riscos e principalmente a escolha correta do material genético para suportar tamanha pressão ambiental.
Por: José Conti, Pesquisador Desenvolvimentista ArborGen